
Quem ganha no jogo sujo da justiça?
A recente soltura de Daniel Vorcaro, ex-diretor do Banco Master, desencadeou um furor nas esferas políticas e econômicas do Brasil. O que isso significa para nosso futuro?
Vorcaro, envolvido em uma teia de corrupção que impressiona até os mais cínicos, não só foi libertado como ainda terá um juiz amigo como relator do seu caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Só no Brasil, um ex-banqueiro, cujas práticas desonestas miseravelmente afetaram milhares de cidadãos, pode desfrutar de tamanha mudança de sorte.
A política das instituições? Um mito!
O que realmente se observa é a famosa máxima “quem tem QI (quem indica)” se tornando a verdade absoluta no Brasil. Os poderosos protegem uns aos outros, enquanto o cidadão comum continua à mercê de um sistema que parece rir da sua cara. Vorcaro não é apenas mais um nome em meio a tantas injustiças.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) não hesitou em conceder o habeas corpus a uma figura inflacionada pela corrupção. As medidas cautelares, como a tornozeleira eletrônica e a retenção do passaporte, nada mais são do que um tapete sob um elefante no quarto: todos sabem o que realmente está acontecendo.
O jogo começou: o STF está no jogo!
Mais do que uma simples libertação, a estratégia foi claramente vindo de Brasília. A decisão da desembargadora em soltar Vorcaro ocorreu imediatamente antes de o caso chegar ao STF, onde o ministro Dias Toffoli atuará como relator. Veja só, parece que a pizza já está pedida.
Por que essa pressa? Será que a desembargadora estava cumprindo um favor através de uma ordem velada? A natureza especulativa da condução do caso é evidente, assim como o desprezo pela verdade e pela justiça. O submundo da política brasileira é uma dança macabra, orquestrada por aqueles que se beneficiam da impunidade.
A verdade sobre as relações em Brasília
O jogo de Vorcaro ilustra que, no Brasil, tudo é baseado em relações. Quaisquer que sejam as alegações de justiça, no fundo quem tem amigos em Brasília se safará. O Brasil não tem instituições de verdade, apenas laços de amizade que moldam o destino dos envolvidos.
Ainda assim, o que acontecerá com os aposentados que perderam suas economias devido às práticas de Vorcaro e de seu banco? A resposta é nada. Para os milhões que se aposentaram com a expectativa de uma vida digna, o céu se tornou escuro e sem estrelas. E quem se importa?
O futuro incerto à vista
Estamos prestes a testemunhar um revival das velhas táticas de anulação, como já aconteceu com outros casos marcantes. Assim como no caso do ex-presidente que viu suas condenações anuladas, Vorcaro pode muito bem se beneficiar de uma decisão semelhante que o colocará fora de qualquer problema legal.
É claro que a limpeza de sua imagem está no horizonte, enquanto os flagelados pela corrupção francesa às vezes optam por não se incomodar, quem realmente se importa? O brasileiro que validou a corrupção nas urnas em 2022 aceitará essa situação sem reacções?
Deixando o tapa na cara da sociedade
Vorcaro e seus cúmplices celebraram a liberdade com vinho tinto, uma celebracão digna de esfregar na cara de quem ficou sem nada. A festa dos da elite sempre parece em contrariedade com a miséria do cidadão brasileiro comum.
Essa situação gera uma nova realidade: um eleitorado que, ao fazer sua escolha, validou a impunidade e aceitou subterfúgios que garantem a continuidade do ciclo corrupto. Quando cada uma dessas ações obtém o aval da justiça, a pergunta é: até quando vamos tolerar isso?


