
Juízes ou Jogadores?
Um espetáculo inusitado se desenrola no Brasil de 2025. No campo jurídico, o Supremo Tribunal Federal, personificado pelo ministro Alexandre de Moraes, assume o protagonismo de juiz, jogador e até mesmo de torcida. Essa combinação controversa levanta dúvidas sobre a imparcialidade e a seriedade da mais alta corte do país.
Alexandre de Moraes parece ter se transformado em uma figura paradoxal. Enquanto se proclama defensor da justiça, seus atos frequentemente desafiam essa mesma premissa. Durante os julgamentos dos atos de janeiro de 2023, Moraes foi acusado de atuar como juiz e executor, tornando o processo mais uma peça de teatro político do que uma busca por justiça.
Entre Pão, Circo e Togas
As manobras de poder de Moraes não param por aí. Usando o futebol como cortina de fumaça, ele desvia a atenção da opinião pública das graves questões jurídicas que envolvem o STF. Desde piadas sobre o Corinthians até aparecer em estádios, sua estratégia de se esconder atrás da paixão nacional é uma velha tática de pão e circo.
Mas a teatralidade encontra seu ápice quando, após sanções internacionais, Moraes reage agressivamente aos torcedores de seu time. Este gesto, amplamente noticiado, expôs um lado visceral e pouco digno de um membro do Judiciário, revelando uma faceta autoritária que coloca em xeque sua posição.
A Mídia Cega e Conivente
Enquanto os escândalos se desenrolam, a grande mídia parece cegada, temendo represálias e perdendo seu papel de fiscalizadora. O caso das mensagens Vasa Toga mostra como a cobertura jornalística sofre frente ao autoritarismo judicial, privando o público de transparência e verdade.
Sob a perspectiva libertária, essa situação escancara a urgência de uma justiça privada. Um sistema que, ao contrário do atual, não se curva facilmente a pressões e interesses particulares.
A Ilusão Continua
Nesse cenário de poder abusivo, Alexandre de Moraes age como rei sem coroa, governando a corte com decisões tendenciosas. O Brasil, enquanto isso, balança entre o espetáculo das arquibancadas e a realidade implacável dos tribunais, onde a justiça é frequentemente jogada para escanteio.
O palco está montado, mas quem ganha com essa mise-en-scène? A resposta ressoa nas arquibancadas e nos plenários: não é a torcida brasileira.
Em um país onde a justiça parece cada vez mais distante, fica a pergunta: como podemos garantir um sistema judicial que verdadeiramente jogue pelas regras?


