novembro 29, 2025

Ludwig M

O Globo pede o fim da exceção — e o que isso significa?

O Globo pede o fim da exceção — e o que isso significa?

A nova pressão sobre o STF

A condenação de Jair Bolsonaro pelo STF abriu um debate explosivo. O Globo, e outros veículos, sugerem que é hora de acabar com os julgamentos de exceção. Mas o que isso realmente significa para a política brasileira?

O cenário atual é de incerteza. O que muitos consideram um ciclo de exceção agora pode ser visto como uma tática para silenciar opositores. É assustador pensar que, com um simples estalo, princípios de justiça e igualdade podem ser abandonados.

O dilema dos processos de exceção

Se um tribunal de exceção condena, que validade tem essa condenação? Ao reconhecer que um processo é injusto, a própria legitimidade das sentenças cai por terra. Isso levanta questões vitais: se o processo é inválido, Bolsonaro deveria ser liberado imediatamente. Como podemos aceitar um sistema judicial que protege alguns e persegue outros?

O Globo pode estar tentando abrir um flanco contra os abusos do STF, mas essa discussão traz à tona um paradoxo. A ideia de que o poder judicial, como guarda da Constituição, se torna um instrumento de controle político é aterradora. O que devemos esperar quando um juiz aprisiona um ex-presidente sob acusações nebulosas?

O retorno à normalidade: utopia ou ilusão?

Enquanto o Globo batuca sobre a necessidade de voltar à normalidade, há um clima de ceticismo. A história ensina que, uma vez que o poder é exercido de forma autoritária, ele raramente se retrai espontaneamente. A experiência política revela que o poder tende a se expandir, não a encolher.

Os eventos mostraram que os conflitos de poder não se resolvem simplesmente desejando que tudo volte ao que era antes. A questão não é se o Alexandre de Moraes vai “entrar na caixinha”. É se a sociedade está disposta a lutar por suas liberdades. O campo está armado, e a disputa política segue em pé de guerra.

Desconfiança e vigilância

É preciso uma desconfiança crítica em relação a qualquer poder judiciário que se arroga o direito de decidir quem é culpado ou inocente em nome da “ordem”. O conceito de justiça não pode ser apropriado por um partido ou facção. Esta vossa é um palanque em disputa.

Além disso, é relevante questionar o papel da mídia nesse embate. O jornalismo deveria ser um farol de verdade e não uma extensão de disputas políticas. Mas, quando instituições como O Globo se posicionam de forma tão clara, surgem dúvidas sobre suas intenções e sua credibilidade.

Implicações políticas e sociais

A batalha adjacente a essa narrativa envolve a sociedade civil. O que os brasileiros realmente pensam sobre a operação da Justiça? O desejo de retorno à normalidade está a serviço de quem? A discussão precisa girar em torno do cidadão e suas garantias, não de figuras políticas.

Precisamos abordar essa impunidade generalizada. Se os órgãos de Justiça se tornam instrumentos de um sistema político enfraquecido, a população, por sua vez, perderá a confiança nas instituições. E a perda de fé é mais perigosa do que qualquer condenação.

Um futuro incerto

A sombra da dúvida paira sobre o que vem pela frente. As notícias sobre ações do STF podem estar aquecendo uma disputa que transcende o simples capitalismo político; trata-se do futuro da democracia no Brasil. O que foi permissivo pode agora ser visto como um campo fértil para um novo autoritarismo.

A dúvida que fica é: estamos realmente prontos para lutar por um sistema onde o julgamento seja justo para todos? Ou vamos continuar aceitando uma justiça que parece preferir o controle em vez da verdade?

Reflexões finais

A discussão sobre o fim dos julgamentos de exceção não é apenas sobre o que está acontecendo agora, mas sobre o legado que deixaremos para as futuras gerações. Que tipo de Brasil desejamos construir?

Você acha que o Brasil deveria retomar princípios democráticos ou continuar aceitando esse ciclo de exceção? Deixe sua opinião nos comentários.

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