
Introdução ao Caos no INSS
Nos últimos meses, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelou números alarmantes que refletem a crescente crise no sistema de seguridade social brasileiro. Em outubro de 2025, a fila de requerimentos pendentes atingiu a marca histórica de 2,86 milhões, superando até mesmo os picos registrados durante a pandemia de COVID-19. Este fenômeno não apenas destaca a incapacidade do governo em cumprir suas promessas, mas também expõe o caráter populista das medidas adotadas pela administração Lula.
O Crescimento Exponencial dos Pedidos Pendentes
Ao longo do último ano, o número de requerimentos acumulados no INSS cresceu quase 50%, passando de 1,23 milhão em janeiro de 2023 para impressionantes 2,86 milhões em 2025. Este aumento sem precedentes levanta questões sobre a eficácia das políticas implementadas pelo governo do PT e a gestão dos recursos previdenciários.
Apesar da pressão da opinião pública, o INSS alegou que o tempo médio de análise dos processos caiu de 38 dias em 2024 para 35 dias em 2025. Contudo, muitos cidadãos continuam aguardando meses, e, frequentemente, mais de um ano para receber uma resposta. Quando esta finalmente chega, a negativa muitas vezes leva os requerentes a recorrer à justiça, evidenciando a fragilidade do sistema.
Expectativas vs. Realidade
Durante sua campanha e no início de seu mandato, Lula prometeu zerar a fila do INSS, gerando expectativas de mudança e melhor atendimento aos cidadãos. No entanto, os números atuais denunciam um grande descompasso entre as promessas e a realidade enfrentada pelos beneficiários.
Os dados mais recentes mostram que a fila em outubro de 2025 é um verdadeiro “recorde” negativo. O pico anterior, registrado em janeiro de 2020 durante o governo Bolsonaro, foi de 2,03 milhões de pedidos. Comparando os dois, o aumento sob a gestão Lula representa uma elevação de 40,8%, um feito que, sem dúvida, reflete uma gestão problemática.
Consequências do Atraso no INSS
A situação é especialmente crítica para os grupos mais vulneráveis. Entre os quase 3 milhões de pedidos pendentes, cerca de 897 mil pertencem ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é destinado a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência em situação de pobreza. A judicialização do BPC aumentou de forma alarmante, sobrecarregando ainda mais as contas públicas e contribuindo para um sistema que já é visto como lento e disfuncional.
Um Modelo de Populismo Falido
A promessa de zerar a fila do INSS se tornou um exemplo clássico de populismo, onde ações voltadas para ganhos rápidos e impressionantes em termos de mídia e votos se sobrepõem a políticas eficazes e sustentáveis. O que poderia ter sido uma estratégia para fortalecer a seguridade social acabou se transformando em uma bomba-relógio nas mãos do presidente.
As medidas emergenciais, como a recente criação de um comitê estratégico para monitorar a situação e propor soluções, aparecem como soluções superficiais. A falta de planejamento prévio e uma abordagem reativa, em vez de preventiva, apenas agravam a crise que já se instalou.
Análise do Impacto Fiscal e Social
O acúmulo de pedidos pendentes no INSS gera um impacto mais amplo na economia brasileira. O aumento do número de judicializações não só afeta os cidadãos direta e indiretamente, mas gera também um efeito cascata nos recursos públicos, desviando verba que poderia ser investida em outras áreas essenciais, como educação e saúde.
Com o governo enfrentando uma crescente insatisfação popular, a questão do INSS se torna uma pedra no sapato de Lula. O impacto dessas falhas se traduz em um descontentamento geral e questionamentos sobre a capacidade do governo de entregar o que prometeu.
O Caminho Adiante
Para reverter essa situação catastrófica, o governo precisaria não apenas de medidas de emergência, mas também de um planejamento estratégico que considere a longo prazo as necessidades dos cidadãos. Um modelo de gestão que atenda eficientemente a população deve estar acima das promessas eleitorais.
A resolução dos problemas no INSS deve ir além de comitês e encontros. É necessário investimento em tecnologia, melhorias nos processos administrativos e, principalmente, um compromisso real com a dignidade dos brasileiros que dependem desse sistema.
Conclusão: Um Chamado à Responsabilidade
A situação atual do INSS é um alerta sobre os perigos do populismo na administração pública. Promessas grandiosas que não se traduzem em ações efetivas colocam em risco não apenas a imagem do governo, mas principalmente a vida de milhões de cidadãos que esperam com ansiedade por seus direitos.
Diante desse cenário, cabe ao governo não apenas reconhecer as falhas, mas atuar de maneira transparente e eficiente para restabelecer a confiança da população. Caso contrário, a fila do INSS seguirá crescendo, assim como a insatisfação do povo brasileiro. O verdadeiro desafio para Lula será transformar a crítica realidade em oportunidades de mudança e, assim, honrar os compromissos firmados com a sociedade.


