
José Dirceu não está preocupado com as eleições de 2026. Está apavorado. O ex-ministro e condenado do mensalão falou em duas ocasiões sobre a necessidade de o Brasil viver um “momento revolucionário”. Primeiro numa live do Brasil 247, depois no 8º Congresso Nacional do PT em Brasília. A linguagem não é casual: quando a esquerda fala em revolução, está preparando o terreno para quebrar as regras do jogo.
Por que Dirceu admite que o PT pode perder em 2026
Dirceu é um dos poucos na esquerda que ainda consegue somar dois mais dois. Enquanto institutos de pesquisa e a grande imprensa vendem otimismo sobre as chances de Lula, o estrategista petista enxerga a realidade: 2026 será muito mais difícil que 2022.
A elite que gastou milhões para tirar Bolsonaro do poder já viu o resultado. Lula não trouxe os economistas moderados prometidos. Não moderou o discurso. Pelo contrário: aumentou impostos, manteve estatais quebradas e mostrou que sua única agenda é expandir o Estado sobre a economia.
Aquela fatia da “isentosfera” paulista que decidiu 2022 agora sabe que foi enganada. Votaram em Lula pensando que teriam uma frente ampla democrática. Receberam Fernando Haddad na Fazenda e Alexandre Padilha na Casa Civil. A desilusão é completa.
O cenário internacional também virou contra a esquerda. Quando Lula assumiu em 2023, a América Latina estava dominada por governos esquerdistas: Alberto Fernández na Argentina, Gustavo Petro na Colômbia, Gabriel Boric no Chile, Luis Arce na Bolívia. Hoje, Milei governa Buenos Aires, a direita ganhou no Chile e deve vencer na Colômbia em 2025.
A linguagem da revolução: preparando o golpe de 2026
“Tenho a intuição que o Brasil viverá um movimento revolucionário”, declarou Dirceu durante o congresso do PT. “A questão é saber se estamos prontos para isso.” Não falou em eleições livres ou alternância democrática. Falou em revolução.
O ex-ministro foi mais direto sobre os objetivos: “A responsabilidade não é só reeleger o Lula e derrotar de novo a extrema direita, mas também fazer aquilo que a elite brasileira renunciou: defender a soberania, a democracia, fazer uma revolução social no Brasil para frear a degradação no Congresso Nacional.”
Traduzindo do petês para o português: se o PT perder nas urnas, não aceitará o resultado. Chamará a vitória da direita de “golpe” e reagirá com uma “revolução” para manter o poder. É exatamente o roteiro seguido por Nicolás Maduro na Venezuela e Daniel Ortega na Nicarágua.
Dirceu ainda alertou que “estão preparando um novo golpe político”. Qual golpe? O de a direita ganhar eleições limpas em 2026. Para o PT, democracia só existe quando eles vencem. Qualquer derrota é automaticamente “golpe” que justifica a quebra das regras.
Como será o golpe petista: o modelo Alexandre de Moraes
O plano já está em movimento há anos. Alexandre de Moraes criou jurisprudência para cassar políticos da oposição sem provas, baseado apenas em “ameaças à democracia”. O inquérito das fake news virou instrumento permanente de perseguição.
A estratégia para 2026 será escalar essa perseguição. Moraes pode inviabilizar candidaturas da direita antes mesmo das eleições, alegando que representam “fascismo” ou “extremismo”. É o método Maduro: manter as eleições, mas sem candidatos de oposição competitivos.
Institutos de pesquisa continuarão manipulando números para criar narrativa de vitória inevitável do PT. Quando os resultados reais divergirem das pesquisas, será “prova” de fraude que justificará a intervenção judicial.
A censura também será intensificada. Qualquer crítica ao governo será enquadrada como “desinformação” que ameaça o processo eleitoral. Plataformas digitais serão pressionadas a derrubar conteúdo da direita, como já aconteceu em 2022.
A paranoia americana: culpando os outros pela própria incompetência
Dirceu também levantou a teoria de interferência americana nas eleições de 2026. Segundo ele, os Estados Unidos trabalharão para derrubar Lula, repetindo supostas interferências de 2022.
É a velha tática comunista de culpar forças externas pelos próprios fracassos. Lula quebrou a economia, aumentou impostos, gerou inflação e desemprego. Mas se perder em 2026, a culpa será dos americanos, não da incompetência petista.
Curiosamente, Dirceu admite que houve interferência externa em 2022 – mas a favor de Lula. Joe Biden declarou publicamente que “questionar eleições é inaceitável”, recado direto para Bolsonaro. Institutos americanos financiaram pesquisas no Brasil. Mas isso, claro, não conta como interferência.
Trump volta à Casa Branca em janeiro de 2025, e isso apavora Brasília. Diferente de Biden, Trump não tem paciência com ditadores de esquerda disfarçados de democratas. A pressão americana pode ser decisiva para manter as eleições limpas.
Por que o PT sabe que vai perder: os números da realidade
A economia brasileira patina desde que Lula assumiu. O PIB cresce pouco, a inflação voltou, o dólar disparou. Haddad prometeu responsabilidade fiscal e entregou gastança descontrolada. O teto de gastos virou sugestão.
A segurança pública é outro calcanhar de aquiles. Por mais que Lula prometa PECs e projetos duros, ninguém acredita. A esquerda sempre foi leniente com criminosos, e essa imagem grudou. Num país onde a violência explode, isso é fatal eleitoralmente.
Além disso, o brasileiro está cada vez mais antissistema. Percebe que políticos tradicionais – de direita ou esquerda – formam uma elite corrupta que se perpetua no poder. Bolsonaro representa a alternativa antissistema, e quanto mais o atacam, mais forte fica.
A compra de votos, estratégia tradicional do PT no interior, pode não ser suficiente desta vez. São Paulo decidiu 2022, e a elite paulista que votou em Lula por rejeição ao Bolsonaro agora viu o resultado. Não repetirá o erro.
O momento da verdade: democracia ou revolução
Dirceu colocou as cartas na mesa. O PT tem duas opções para 2026: aceitar a derrota nas urnas ou dar um golpe “revolucionário”. Pela linguagem usada, já escolheu a segunda alternativa.
A diferença entre democracia e ditadura não está nas eleições. Cuba e Venezuela também fazem eleições. A diferença está em aceitar derrotas e permitir alternância de poder. O PT nunca mostrou essa maturidade democrática.
O ano de 2026 será decisivo para o Brasil. Se a direita vencer e conseguir governar, o país pode retomar o rumo do crescimento e da liberdade. Se o PT conseguir implementar seu golpe “revolucionário”, seguiremos o caminho da Venezuela.
A preparação já começou. Dirceu não está fazendo discurso de palanque. Está avisando que a esquerda não aceitará perder o poder, mesmo que seja pela vontade dos eleitores. Quando comunistas falam em revolução, não é metáfora. É ameaça.
Resta saber se as instituições brasileiras e a sociedade civil terão força suficiente para preservar a democracia contra os “revolucionários” do PT. A batalha de 2026 já começou, e não será apenas eleitoral.
Você acredita que o Brasil conseguirá manter eleições livres em 2026, ou a “revolução” petista já é inevitável?


