dezembro 5, 2025

Ludwig M

Site de encontros com coreanos gera polêmica no Brasil

Site de encontros com coreanos gera polêmica no Brasil

O fenômeno dos K-dramas criou um novo mercado no Brasil

Os dramas coreanos conquistaram o público brasileiro de forma impressionante. A razão é simples: essas novelas oferecem exatamente o que falta na televisão nacional. Enquanto a Rede Globo aposta no progressismo e no padrão zona sul carioca, o povo brasileiro é conservador e religioso.

Os K-dramas trazem inocência e castidade para as telas. Mostram namoros recatados e relacionamentos mais simples. É isso que o brasileiro quer assistir. A Globo puxou tanto no progressivismo que alienou sua própria audiência.

Essa demanda reprimida explica o sucesso estrondoso dos dramas coreanos no país. O público se identifica com os valores mostrados nessas produções. Encontra ali o que não vê mais nas novelas brasileiras.

Agora, esse fenômeno cultural gerou um desdobramento comercial interessante. Surgiu o site K Drama Date, que oferece encontros com homens coreanos. A proposta é simples: viver na vida real o romance dos K-dramas.

Como funciona o negócio dos encontros românticos

O site funciona como uma agência de acompanhantes masculinos coreanos. Mas com uma diferença importante: o foco não é necessariamente sexual. A proposta é oferecer a experiência romântica dos dramas coreanos.

Você reserva pelo WhatsApp, escolhe seu pacote preferido, horário e local. O pagamento é feito no encontro com o “oppa” (como chamam o homem coreano). O serviço inclui passeios românticos no parque e conversas.

Pode incluir também encontros íntimos, se ambas as partes quiserem. Mas a base do negócio é vender a fantasia romântica dos K-dramas. É um produto que atende uma demanda real do mercado brasileiro.

O interessante é que surgiu um japonês como criador do site. Para o consumidor brasileiro, a diferença entre japonês, chinês e coreano é irrelevante. O que importa é a experiência oferecida.

A academia problematiza o que o mercado resolve

Como era de se esperar, os especialistas já começaram a problematizar o negócio. Uma pesquisadora da Universidade Federal Fluminense saiu em campo para criticar o site. Segundo ela, há “desumanização” e “fetiche de raça” no serviço.

A crítica é que o site comercializa estereótipos e transforma indivíduos em personagens. Mas essa é exatamente a natureza do negócio. Todo mercado de entretenimento e relacionamentos funciona assim.

A acadêmica reclama que isso cria um imaginário específico sobre homens coreanos. Que ajuda a construir uma versão estigmatizada da masculinidade asiática. Como se o problema fosse o site, não os próprios K-dramas.

Foram os dramas coreanos que criaram esse imaginário, não o site de encontros. O empresário apenas identificou uma demanda e criou um produto para atendê-la. É assim que funciona o livre mercado.

O duplo padrão da moralidade brasileira

O que mais chama atenção é o duplo padrão aplicado ao caso. No Brasil, a prostituição feminina existe há séculos. É considerada “a profissão mais antiga do mundo” e ninguém problematiza tanto assim.

Mas quando são homens vendendo companhia, vira escândalo. Quando são asiáticos oferecendo encontros românticos, vira “fetiche de raça”. Por que mulheres podem vender o corpo, mas homens não podem vender companhia romântica?

Existe até um fenômeno inverso que ninguém critica. Homens negros americanos vêm ao Brasil procurar prostíbulos. Nos Estados Unidos, a segregação racial impede que tenham relações com mulheres brancas.

Aqui no Brasil conseguem, porque não temos esse preconceito racial. Isso também não seria “fetiche de raça”? Mas ninguém da academia sai problematizando esse turismo sexual.

A ilusão é parte do produto vendido

A crítica de que tudo é “personagem” e “ilusão” não faz sentido. Obviamente é ilusão. Todo mercado de entretenimento e relacionamentos vende ilusões.

Quando um homem vai a um prostíbulo, a mulher finge prazer que não sente. Diz coisas como “você é gostoso” para o 14º cliente do dia. É mentira, mas faz parte do serviço contratado.

No caso dos encontros com coreanos, funciona igual. A mulher sabe que está pagando por uma experiência romântica encenada. O homem coreano está cumprindo um papel, interpretando um personagem dos K-dramas.

Ambos sabem as regras do jogo. Ninguém está sendo enganado. A cliente paga exatamente pela ilusão de viver um romance de novela coreana. É um produto honesto.

Livre mercado atende demandas reais

O sucesso do site prova que existe demanda real por esse tipo de serviço. Se não funcionasse, não teria virado notícia no G1. Não geraria tanta polêmica acadêmica.

Os coreanos se deram bem nessa história. Aproveitaram a onda cultural dos K-dramas para criar um nicho de mercado. Enquanto isso, sobra pouco para os “beta brasileiros” nessa disputa.

É o mercado funcionando de forma natural. Uma demanda cultural gerou uma oportunidade comercial. Um empreendedor identificou essa oportunidade e criou um produto.

Desde que seja entre adultos conscientes e consentindo, qual o problema? Todos sabem o que está acontecendo. Ninguém está sendo forçado a nada. É livre mercado puro.

O Estado não precisa regular fantasias

A tentativa de problematizar esse negócio revela uma mentalidade estatista perigosa. A ideia de que o governo ou a academia devem regular até as fantasias pessoais dos cidadãos.

Se duas pessoas maiores de idade querem fazer um encontro romântico encenado, é problema delas. O Estado não tem nada a ver com isso. A academia não precisa dar palpite.

Liberdade significa poder escolher suas próprias ilusões. Poder gastar seu dinheiro com o que quiser. Poder viver suas fantasias sem interferência externa.

O mercado já regula esse tipo de serviço naturalmente. Se for ruim, ninguém contrata. Se for bom, faz sucesso. É assim que deve funcionar uma sociedade livre.

O brasileiro conservador encontrou nos K-dramas o que não acha mais na TV nacional. Agora pode viver essa experiência na vida real. É evolução cultural e econômica, não problema social.

E você, acha que o Estado deve regular até as fantasias românticas dos cidadãos? O debate sobre os limites da liberdade individual continua mais atual do que nunca.

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